Vizinhos curiosos
Enquanto Teddy explorava o quintal, percebi alguns rostos curiosos surgirem por cima das cercas dos vizinhos. Alguns sussurravam entre si, outros apenas observavam, intrigados com a cena improvável que se desenrolava. Sarah notou também e, com um leve sorriso, comentou: “O que será que os deixou tão interessados, hein?” Ri-me, cruzando os braços. “Talvez não estejam habituados a ver um urso ao lado da churrasqueira.” Ela soltou uma gargalhada abafada, abanando a cabeça. Apesar da estranheza da situação, aquele momento trouxe leveza. Era impossível não rir da ideia de termos transformado o bairro num espetáculo inesperado. Teddy, alheio à atenção, continuava a brincar, e nós apenas partilhávamos o absurdo e a doçura daquela nova realidade.

Vizinhos Curiosos
Partilhar um olhar
Sarah e eu trocámos um olhar silencioso que dizia mais do que qualquer palavra. Naquele instante, compreendemos o quanto tudo aquilo — o caos, a surpresa, as risadas — nos unira como nunca antes. “Bem, isto é novo”, murmurou ela, meio divertida, meio incrédula. Sorri, passando o braço pelos seus ombros. “Temos aqui uma aventura familiar única, não é?” Ela encostou a cabeça ao meu ombro, e por um breve momento, ficámos apenas a observar Teddy e Emma brincarem sob a luz dourada do entardecer. O riso da nossa filha, o balançar despreocupado das folhas e o som distante do mundo lá fora formavam um quadro perfeito. Estávamos longe de uma vida normal — mas era exatamente essa imperfeição que tornava tudo tão bonito.

Partilhar Um Olhar

